01 dezembro, 2024

ERROS COMUNS NA FASE DO ENVELHECIMENTO

O envelhecimento é inerente a todos os seres vivos, e em nós seres humanos se inicia o processo inevitavelmente a partir da pós-menopausa - nas mulheres - e na andropausa - nos homens - independente da idade, seja precoce ou tardia.

Existe um preconceito eminente e absurdo sobre o envelhecimento, tanto que deparamos nas redes sociais e na sociedade os termos: "Como ser jovem, apesar da idade", "O que é ser jovem na alma", "Velhice não existe", "Velho é ser ultrapassado", "Ser velho é desistir dos sonhos", dentre tantas outras frases que demonizam ou sugerem combater o envelhecimento sem levar em conta que é algo tão natural e tão bom quanto a juventude, apenas são etapas diferentes. Entretanto a sociedade em geral, nega terminantemente o envelhecimento como sendo algo extremamente maléfico insistindo em combater inutilmente tal processo, inclusive por meios antinaturais... Há inúmeros jovens que não conseguem ter a  essência ou benefícios que uma pessoa velha possui. Para a sociedade, se referir a uma pessoa como sendo 'velho/velha', é uma afronta implacável e absurda, justamente  porque vai de encontro às manipulações que a mesma exerce sobre as pessoas para gerar lucro e poder. Na realidade, ser uma pessoa verdadeiramente velho(a) nada mais é do que ter anos e experiências vividas, é ter história a ser contada ou memorizada, é ser prático, mais natural, é ser luz para os jovens, é ser mais tolerante,  mais calmo, é aprendizagem para si mesmo e para os mais novos, é sabedoria adquirida, é ser mais cuidadoso(a), responsável, é ter bom senso e humildade de se sentir limitado(a), mas nunca inútil, pois tudo e todos terão alguma utilidade, seja ela qual for. Doenças em geral, ficam à parte, pois podem surgir em qualquer faixa etária, seja por genética, hereditariedade, por descuido ou mesmo por fatores externos inevitáveis. Infelizmente, para a sociedade, o envelhecimento é algo a ser evitado a qualquer custo, justamente por gerar grandes lucros e empregabilidade, porém superficial e desumanizada.



No envelhecimento, é muito comum que as pessoas tendem para exageros nos cuidados (pensando em estar se cuidando) ou para o descuido total ou negligência.  Ou seja, raramente para o equilíbrio necessário. E ambos são prejudiciais ao bom envelhecimento. 

Veja a seguir, os erros mais comuns que as pessoas cometem nessa fase tão importante que fazem com que o envelhecimento se torne realmente um fardo pesado:

* Não aceitar o envelhecimento, negando que está velho(a) ou enxergar o envelhecimento como uma punição e não como orgulho de ter chegado onde chegou. Os erros a seguir, complementarão este primeiro grande erro. 

* Ficar dependente de redes sociais e seguir pessoas influentes ou especialistas de diversas áreas, acreditando em tudo que falam, vendem ou orientam. Isso é bastante comum (e bastante prejudicial também) porque as pessoas no envelhecimento querem a todo custo passar a ideia de que estão por dentro das atualidades e portanto, não estão velhos(as). É necessário filtrar informações que recebe pelo facebook, instagram, you tube, tik tok, etc. Ter também cuidado com grupos em geral na internet, sites novos sobre serviços, produtos e cursos que prometem só benefícios, etc,  pois há inúmeras mentiras, manipulações, apelações, propagandas enganosas, etc. O bom seria não entrar em grupos nas redes sociais e evitar sites recentes de serviços e vendas de produtos duvidosos ou bons demais para ser verdade. E se já entrou em grupos ou acessou tais sites, não compartilhar nada e não inserir dados que possa se comprometer. E muito cuidado ao expor fotos de seus familiares ou bichinhos nas redes sociais, muito comum tanto entre os jovens quanto em pessoas mais velhas. Não se sabe com quem se está lidando na realidade. Há pessoas com boas intenções mas estas são de longe, a minoria.

* Puxar assunto e conversar com pessoas estranhas contando suas supostas proezas, suas atividades ou sua antiga profissão, sobre sua família, bichos de estimação, assuntos mais íntimos ou comprometedores, etc. No envelhecimento, muitas pessoas acham que ficar quieto(a) e não conversar ou falar sobre si, demonstra falta de inteligência, isolamento, aparentar ser antissocial, retrógrada ou algo similar, e é justamente o contrário, porque nenhuma pessoa que seja confiável tem interesse no que os outros fazem ou deixam de fazer e ainda  corre riscos desnecessários ao se deparar com pessoas mal intencionadas. É importante cumprimentar, perguntar ou responder com educação o que for preciso e prestar atenção nas pessoas ao redor, sem encará-las, mantendo a naturalidade e a neutralidade. Muitas pessoas também podem ter problemas  que fazem sentir necessidade de conhecer pessoas e querer puxar assunto com qualquer estranho que aparece. Isso precisa ser tratado e independe da faixa etária, mas se torna mais frequente no envelhecimento. Querer saber também dos problemas alheios pode indicar uma fuga  dos seus próprios problemas ou uma forma de tentar minimizar os seus ao se comparar com os dos outros.

* Tomar suplementos de vitaminas, minerais, anti-radicais livres, probióticos, aminoácidos, etc, na maioria, sem necessidade só porque certos 'profissionais' de saúde indicam. Isso pode provocar uma série de problemas graves mesmo a longo prazo, principalmente nos rins ou fígado, dentre outros. E mesmo necessitando,  tomar em dosagens altas e/ou continuamente. O excesso de tais suplementos geralmente serão jogados fora do organismo podendo causar problemas como  poliúria, noctúria, inflamações, infecções,  gases em excesso, diarreia, suores, náuseas, vômitos, etc...sem falar que com o tempo não vão surtir mais efeitos. O máximo, quando se necessita através de exames de tais suplementos, é utilizar a menor dose possível e por tempo limitado (até 90 dias e dependendo de cada um também). Mesmo assim, sempre atentando para as possíveis reações.

* Repor hormônios sexuais. Hoje a moda dos isomoleculares ou bioidênticos tanto  implantes, como de uso oral ou tópico estão bombando nas redes sociais, iludindo homens e mulheres a fazerem uso e só mostrando benefícios, sem levar em conta os vários riscos, principalmente a longo prazo. O corpo ao envelhecer não precisa mais das mesmas quantidades de hormônios de quando era jovem. A reposição só é indicada em fases em que suas deficiências são realmente prejudiciais ao organismo, principalmente nas mulheres em idade fértil ou no período do climatério enquanto há maior risco de hemorragias. Mesmo assim, com controle rigoroso de um médico responsável. Em homens, somente quando necessário, em casos muito específicos (após fraturas, internações prolongadas, cirurgias de médio a grande porte) e jamais para a vida toda como muitos profissionais defendem. Lembrando que o médico não precisa ser necessariamente especialista, mas responsável!

* Usar roupas e acessórios típicos de pessoas jovens como shortinhos, minissaias, vestidos com babados e frufrus, lacinhos, roupas transparentes, muito justas, decotadas, com cores muito vivas, enfim tudo que remeta à roupas exclusivamente para jovens. Errado não é, mas isso indica claramente que a pessoa não está aceitando a fase do envelhecimento, ou seja, que está vivendo numa passagem que não lhe pertence mais, negando  consciente ou inconscientemente a sua realidade. Há pessoas que não têm noção do que estão usando, mas outras, mesmo assim insistem propositalmente. Isso não tem nada a ver com a moda nem com o gosto da pessoa, mas com a ingenuidade ou rebeldia de negar sua posição em que se encontra. Cada faixa etária tem suas próprias adaptações e proporções. Você já viu  alguém vestir uma criança com roupa social e saltos altos ou um ancião usando uma roupa de um jovenzinho?...Respeitar a ocasião também é de extrema importância. Ninguém entra por exemplo, num grande evento social com roupas esportivas ou um surfista na praia com roupas sociais..

* Usar muitas bijuterias ou semijoias, assim como peças grandes, muito coloridas ou  que chamam a atenção. Novamente, aqui vale o bom senso. Para os jovens, até é permitido, mas no envelhecimento não fica nada harmonioso. Pode-se usar brincos e um colar, mas  sempre discretos e sem que sejam chamativos ou que atrapalhem os movimentos, podendo inclusive causar alguns acidentes. Por exemplo, usar brincos muito grandes quando as orelhas já estão mais frágeis, podendo causar rasgos ou ferimentos...

* Insistir em manter cabelos longos e soltos ou com tranças, rabo de cavalo, flores no cabelo, etc, tudo que remeta à juventude. Se envergonhar dos cabelos grisalhos, insistindo em pintá-los mesmo tendo problemas com tinturas. No envelhecimento  o cabelo tende a ficar mais ralo, com mais tendência à quedas e mais ressecado, além de perder melanina. Também nessa faixa etária é comum o surgimento ou aumento de alergias  à químicas. E quanto mais prático for para cuidar dos cabelos nessa fase, melhor, e os curtinhos são muito mais simples e práticos, além de melhorar a moldura do rosto e dar um aspecto de leveza. Para manter os cabelos longos como antes, são necessários inúmeros tratamentos químicos, como botox capilar, tinturas, decapagem, descoloração, alisamentos, dentre outros, que não raro podem causar mais danos aos cabelos e à saúde, do que se os deixassem naturais. E mesmo que tenha como tratar com produtos 'naturais' - o que é menos comum - o trabalho que se gasta não compensa para pessoas práticas ou que dão valor ao seu tempo. Agora, se você é daquelas pessoas que não ligam em perder tempo nem dinheiro, vai em frente...

* Namorar com pessoas anos mais jovem. Não é errado do ponto de vista de cada um - embora esteja tomando, mesmo que inconscientemente, o lugar de uma mulher bem mais jovem do que ela - (demonstrando uma necessidade sutil de competição e falta de bom senso) e isso demonstra claramente que quer provar para as pessoas e para si mesma que tem performance igual a de jovem, o que até certo ponto pode ter, dependendo da faixa etária, mas no envelhecimento natural não é mais possível ter a mesma performance de antes, exceto se usar suplementos estimulantes e/ou hormônios, e isso não é nada natural... A não ser que seja apenas uma aventura passageira, manter relacionamento  sério com pessoa anos mais jovem, definitivamente é arriscado. Veja: uma mulher de 42 anos namorando um jovem de 19, aparentemente tranquilo - especialmente no início da relação em que tudo que é novidade tende a ser curiosamente atrativo - pois nessa idade dificilmente a mulher entra na menopausa e consequentemente no envelhecimento, mas imagine quando passar de novidade para algo rotineiro e ela estiver já no envelhecimento e o namorado ainda na juventude, provavelmente ela terá inúmeros desafios a enfrentar por uma série de fatores decorrentes da própria idade. Isso não é preconceito, é apenas realidade. Podemos não  controlar nossos sentimentos ou desejos, mas nossas atitudes, sim. No envelhecimento, a dignidade é fundamental. Emoções e prazeres tendem a acabar, e a realidade acaba surgindo como uma ameaça. O contrário - mulher anos mais jovem do que o homem - é igualmente arriscado quando se assume um relacionamento sério e o tempo vai passando, excesto se ele for muito rico. Se não for, provavelmente a mulher perderá grande parte de sua vida sendo mais cuidadora do que companheira do marido. E o homem, será que vai se sentir à vontade sendo cuidado por uma mulher? E repetindo: quando se trata de aventuras passageiras, tudo é diferente.

* Deixar que a família faça tudo, abandonando atividades simples que antes fazia sem problemas, como dirigir, marcar suas consultas, exames, escolher as roupas, tomar banho sozinho(a),ir à uma consulta, fazer suas próprias refeições, etc. Isso não exclui companhia ou auxílio quando realmente precisa, mas se for com frequência já mostra que só porque está velho(a), não será mais capaz de fazer nada sem outra pessoa... 

* Não querer prestar atenção para algo importante deixando que o familiar ou terceiros prestem por si, se torna ainda pior. Exemplo, numa consulta em que seu familiar acompanha no consultório, deixar que ele fale por você e não prestar atenção no que o médico fala, deixando que o seu familiar o faça. No envelhecimento em si não se perde autonomia, a não ser que surja uma doença incapacitante.

* Deixar que médicos/profissionais em geral ou familiares decidam por si, principalmente por tratamentos médicos/odontológicos. Isso mostra total abandono de si mesmo(a) e de certa forma uma leviandade também, pois se a pessoa deixa alguém ou profisisonal fazer e tomar decisões por ela, demonstra terceirização de responsabilidade que não raro podem lhe ser extremamente prejudiciais a longo prazo. A ideia de que médicos/dentistas cuidam das pessoas é totalmente equivocada. Médicos/dentistas vão sempre indicar o que é conveniente para eles mesmos, pelos seus conhecimentos teóricos e/ou experiências com pacientes totalmente diferentes entre si (caso de clínicas próprias) ou seguir normas do sistema de saúde onde trabalham (caso de SUS ou convênios) sem levar em conta vários fatores e aspectos de cada indivíduo em particular, e não se responsabilizam se der algo de errado ou se causar danos futuros, excetuando-se casos em que é confirmada negligência por seus colegas, o que é bastante raro, devido ao corporativismo. Médicos/dentistas também se  tornam generalistas mesmo nas suas próprias especialidades: (só um exemplo, dentre inúmeros: prescrição de antibióticos para qualquer problema que cogitam ser infecção, não importando se por fungo, bactéria ou vírus) ou até mesmo uma inflamação, sem levar em conta também o estilo de vida do paciente, possíveis reações, problemas de saúde preexistentes que contraindicariam tais medicamentos, dentre outros aspectos relevantes. Então, vale procurar se conhecer melhor antes de se submeter a tratamentos sugestivos de tais profissionais para o seu caso particular e único.   Se você sente receio de iniciar tal tratamento ou se já iniciou e percebe que há algo errado, pra que insistir? Excetuando antibióticos (que ao iniciar não se pode parar antes de findar o tratamento), você é livre para fazer suas escolhas e não há lei que obrigue seguir tratamentos médicos/odontológicos sem que o paciente consinta. Inúmeras são as pessoas, principalmente nessa faixa etária, com consequências graves, devido a tratamentos diversos ou de longo prazo  por confiarem cegamente que médicos/dentistas são deuses cuidadores da saúde alheia....Na verdade, o que mais interessam a médicos/dentistas é poder, status e lucro, caso contrário trabalhariam como voluntários e nem apareceriam em redes sociais. Não estão totalmente errados, pois quem é mais responsável por cuidar da saúde, é a própria pessoa. Médicos apenas podem indicar tratamentos e caminhos. Cabe cada um fazer a sua escolha.

* Não querer se atualizar em casos extremamente importantes e do dia-a-dia como setores de negócios, bancos, etc e tudo que for crucial para o desenvolvimento pessoal. Ficar querendo emitir cheques por exemplo quando não se usa mais, a não ser em casos extremamente raros; usar telefone fixo quando todo mundo tem celular; dentre tantos outros casos. O envelhecimento em si não tira a capacidade de se atualizar, exceto se houver uma doença mental que impossibilite tal atitude.

* Guardar eletrodomésticos ou móveis quebrados, inúteis, roupas, acessórios, calçados, pertences que não vai usar mais, etc. É necessário dispor através de doações, vendas ou mesmo jogar fora para desocupar os móveis e a casa a fim de dar espaço para o novo. Isso demonstra total insegurança e grande apego fazendo com que acumule bagunça e também energias pesadas impedindo a prosperidade em todos os níveis.

* Frequentar academia e/ou fazer exercícios intensos ou inapropriados para a faixa etária. Isso é tão prejudicial quanto o sedentarismo. É importante também que a carga seja sempre proporcional ao peso e altura da pessoa, pois pode desenvolver queda de órgãos como bexiga, útero e até mesmo desenvolver hérnias e prejudicar coluna e articulações, além de sobrecarga cardíaca. Como visto, não é nada saúdável, principalmente no envelhecimento. Nessa faixa etária temos que ter cuidado extra com os músculos e com o corpo em geral e os exercícios devem ser realizados de acordo com a idade e faixa etária de forma sensata e com equilíbrio. Se alguém diz que tem mais de 70 anos e pratica tais atividades intensamente e  sem 'problemas', é bastante provável que usa hormônio masculino ou algum suplemento como creatina ou whey protein, glutamina, maca peruana, feno grego, yam mexicano ou algo similar. Veremos se não terá problemas ou se já tem, nem tomou conhecimento ainda ou está se entupindo de fármacos para ocultar os danos e isso não é nada saudável. No envelhecimento não é mais possível desenvolver e firmar a musculatura como se fosse jovem - sem uso de hormônios e/ou suplementos - mas o exercício é essencial para manter a musculatura boa a fim de exercer as atividades proporcionais à faixa etária e não piorar o quadro prevenindo fraturas ou fraturas relevantes. Portanto, tanto a carga quanto a intensidade e frequência dos exercícios devem ser proporcionais ao físico e à faixa etária (sem dependência de substância alguma!).

* Trabalhar os músculos do corpo todo, mas esquecer da musculatura do assoalho pélvico e do esfíncter retal. Essas musculaturas são tão ou ainda mais importantes porque se não forem trabalhadas ou se forem negligenciadas, não raro poderá desenvolver sérios problemas constrangedores como incontinência urinária e/ou fecal. É importante não forçar para evacuar ou urinar, nem soltar assim que tiver uma leve compulsão para tais necessidades, mas segurar por alguns minutos antes de ir ao banheiro. Tanto prender demais quanto relaxar demais, é prejudicial. Existe fisioterapia para tais finalidades, e deve ser praticada assim que perceber que não está conseguindo se segurar, mesmo por alguns segundos.

* Fazer jejuns intermitentes ou dietas radicais ou da moda, como as famosas low carb, cetogênica, etc... e exagerar nas frutas, verduras e legumes, principalmente no vapor ou crus,  gorduras ditas como saudáveis, além de grãos integrais e excesso de proteínas. Mesmo acreditando que isso seja saudável, o excesso de todos esses alimentos, principalmente no envelhecimento, podem causar problemas na tireóide, problemas renais, problemas hepáticos e inflamações intestinais pelo excesso  de fibras e substâncias que tais alimentos possuem como potássio, fósforo, etc que devem ser ingeridos com bastante equilíbrio e bom senso. Já o jejum se torna igualmente prejudicial pois o corpo mesmo respondendo bem no que diz respeito ao emagrecimento, pode causar sérios danos à saúde. Todo tipo de alimento deve ser ingerido - exceto em casos graves ou que exista restrições -  mas sempre com bastante equilíbrio e bom senso, mesmo sendo considerados saudáveis.

* Encerar piso, escadas pra deixar tudo brilhando, lavar quintais, cozinha, banheiro,  subir em escadas móveis para limpar janelas, azulejos, etc. Esse tipo de vaidade ou TOC acaba prejudicando, pois as superfícies lisas tendem a ser escorregadias e não raro podem ser fatais para quedas e acidentes. Mantenha a casa  apenas limpa da maneira mais prática, simples e inteligente possível e de preferência sem utilizar tapetes, passadeiras, cortinas pesadas e outros apetrechos de decoração totalmente dispensáveis e nada práticos, exceto um capacho ou tapete antiderrapante por exemplo,  na entrada da casa e uma cortina leve numa janela, mas pedindo para outra pessoa retirar e recolocar quando for preciso. Para limpar janelas e azulejos que necessite de escadas, contrate uma pessoa para fazer tal serviço ou improvise usando  uma vassoura ou rodo específico sem precisar subir em escada, banqueta ou cadeira. E cuidado com o desperdício: A economia de água para as lavagens também é necessária! Somente pisos rústicos ou antiderrapantes podem ser lavados mas nunca com frequência!

* Descer escada correndo, olhando pra cima e sem apoiar no corrimão. No envelhecimento, todo cuidado é pouco. Olhar sempre para baixo sem precisar curvar as costas ou a cabeça, segurar no corrimão das escadas e subir sempre devagar sem pressa, são cuidados essenciais para evitar quedas e acidentes. No envelhecimento os reflexos diminuem e os cuidados devem ser levados em consideração.

* Adotar um animal de estimação morando sozinho(a). No envelhecimento nunca é bom ter animais em casa nessa condição, pois os animais exigem cuidados especiais que nem sempre são possíveis atender, a não ser que tenha mais alguém morando na mesma casa e seja mais jovem. O melhor é cuidar de plantas, mesmo que seja em alguns vasinhos.

* Querer morar em casa térrea grande ou sobrado, sozinho(a). Sempre é bom morar em apartamento e não  grande, de preferência com condomínio, com elevadores, desde que os custos estejam de acordo com a renda mensal. É útil caminhar diariamente na área comum do prédio, tomar sol quando surge e não ficar dentro do apartamento por longos períodos durante o dia.

* Tomar melatonina/triptofano ou medicamentos controlados para poder dormir no mínimo 7 horas como indicam 'especialistas'...Á medida que envelhecemos a necessidade de sono diminui bastante, sem falar que cada pessoa vai ter um ritmo de sono que lhe é individual e a depender do dia. O importante não é o número de horas de sono, mas a qualidade do mesmo, e principalmente evitar dormir durante o dia, a não ser em casos de extrema necessidade, mas nunca como hábito. Forçar o corpo a dormir tantas horas por dia com  melatonina/triptofano (aparentemente inofensivos) ou medicamentos controlados podem fazer o efeito desejado (e até certo ponto), mas com certeza comprometerá mesmo a longo prazo a saúde cognitiva, que é essencial para um envelhecimento natural e menos problemático possível. Procure deitar-se de preferência no mesmo horário, não se preocupando com o número de horas de sono, mas sim, no descanso, fechando os olhos ou tapando-os e mesmo não conseguindo dormir o suficiente, o importante sempre será o descanso tanto mental quanto o físico.

* Abusar de chás para várias finalidades e misturar diversos tipos sem levar em conta as reações e contraindicações. Apesar de serem naturais e erroneamente considerados inofensivos, são perigosos se tomados indiscriminadamente como se fosse água. Tudo tem que ser usado com moderação e nunca com frequência. O mesmo se dá com água de coco, água tônica, considerados saudáveis quando na verdade, não é bem assim, pois podem ser danosos para os rins, fígado dentre outros, se tomados diariamente ou no lugar da água. E atenção, sempre é bom evitar o consumo de líquidos gelados ou ferventes! O sistema imunológico agradece.

* Beber muita água como recomendam os médicos. No envelhecimento, raramente precisamos da quantidade de água que os médicos recomentam, principalmente porque nessa faixa etária é comum desenvolver problemas de micção como noctúria por exemplo (necessidade de levantar de madrugada para urinar), risco de enurese noturna (urinar na cama) e bexiga hiperativa, sem falar que ingerir mais água do que o corpo realmente necessita ou suporta, pode levar à outros problemas por perda de eletrólitos. A água deve ser ingerida de acordo com a necessidade individual, ao longo do dia e aos poucos, evitando sempre que  possível, no período da noite. No calor, ao fazer exercícios ou ao sair de casa, sempre é bom beber um pouco mais, mas sem exageros e não forçado(a). Já no frio, não há essa necessidade. O importante é que a urina esteja mais clara durante o dia. O corpo avisa a necessidade ou não de água. Se precisa urgente ir ao banheiro ou a todo momento ou começa a surgir cansaço, náusea ou tontura, é hora de parar.

* Consumir bebidas alcóolicas fermentadas como vinho ou cerveja achando que por não serem bebidas destiladas, não farão nenhum mal. Da mesma forma, frequentar barzinhos  até altas horas. O fígado no envelhecimento se torna cada vez menos ativo em sua função e o álcool pode ser extremamente prejudicial a esse órgão. Mesmo tendo menos álcool do que as bebidas destiladas, as pessoas tendem a beber mais. Além disso, o álcool tende a elevar a pressão e o consumo excessivo pode alterar também a glicose no sangue. Frequentar bares e tarde da noite fazendo disso um hábito, leva o corpo a perder horas de descanso essenciais para a saúde.

* Ouvir músicas altas, principalmente com fones de ouvidos. No envelhecimento, a tendência é de ter a acuidade auditiva limitada e por isso mesmo, ouvir músicas em tom acima do permitido é altamente prejudicial.

* Recusar o uso de aparelhos auditivos ou uso de óculos quando se percebe que está necessitando. Não tenha vergonha de utilizar desses recursos que só irão te beneficiar. E é bom manter consulta com otorrino/oftalmologista de confiança a cada 2 anos pelo menos.

* Retirar todo o sal da alimentação e substituir por outros condimentos fortes para temperar alimentos. Especialmente no envelhecimento, precisamos do sal que tenha iodo para o bom funcionamento da tireóide e também de eletrólitos como o cloreto de sódio. Substituir o sal por condimentos fortes como pimenta e outros estimulantes é muito mais prejudicial do que se imagina, podendo causar danos sérios ao organismo. E nunca coloque o sal na comida depois de cozida, sempre na hora do cozimento.

* Querer fazer tudo sozinho(a) e não pedir ajuda a ninguém por puro orgulho ou para provar que é capaz. Delegar responsabilidades e dividir atividades ou pedir ajuda quando precisa, nao é vergonha nenhuma, é ter um mínimo de bom senso, sabedoria e cuidado  consigo mesmo(a) a fim de controlar melhor o estresse e prevenir a estafa, tão rejudiciais para o cérebro e o corpo como um todo.

* Ficar se comparando com pessoas jovens ou mesmo com outros da mesma faixa etária se achando inferior. Cada pessoa tem suas histórias, seus truques, seus difarces,  etc e não tem como se comparar com quem quer que seja, muito menos com os mais jovens (estes nem tem como se comparar), e no caso de uma pessoa ser da mesma faixa etária, não tem como também, a não ser que viva com tal pessoa dia após dia por pelo menos um período de 3 meses seguidos. E isso se não for nenhum familiar é praticamente inviável. Essas comparações são praticamente absurdas e só vão causar ou acentuar mais o complexo de inferioridade. Viva a sua vida e esqueça a dos outros.

* Querer que alguém da família (especialmente filho(a) único(a)) fique responsável por  cuidar de si quando estiver doente ou que viva só para si. Isso se chama possessividade e uma atitude egoísta. Para cuidar de alguém é necessário ter no mínimo condições físicas, psicológicas e financeiras, ser de livre espontânea vontade por parte de quem cuida e no mínimo ter direito  à liberdade e ao lazer. Se porém, a pessoa estiver em condições de saúde grave, quem tem que cuidar é no mínimo  profissionais ou familiares que tenham capacidade para tal e haver revezamento entre membros, jamais uma só pessoa. Se você respeita e ama verdadeiramente seu familiar descendente, deixe claro que se encontrar em situação de saúde grave, irá optar por cuidadores, seja em casa, seja numa instituição. Não seja fardo para alguém que não tenha tal capacidade. Deixar ou exigir que a responsabilidade de cuidar seja de um familiar querido é no mínimo desumano, levando-se em consideração que a pessoa que cuida exclusivamente, tenderá num curto espaço de tempo ficar igual ou pior que a pessoa doente. O ideal é se cuidar sempre e quando não for mais possível, permitir que pessoas capazes (profissionais) venham te cuidar. Existem instituições gratuitas ou pela prefetura no caso de não ter condições financeiras suficientes para tal.  E desejar visitas do ente querido é um direito de todos.



* Depender de  procedimentos estéticos  como aplicações de bioestimuladores de colágeno, ultrassom microfocado, microagulhamento, botox, preenchimento, etc, pois tais procedimentos além de serem dolorosos em pessoas sensíveis, tendem a inflamar o local e consequentemente o corpo todo no envelhecimento. Com isso, vão surgindo doenças inflamatórias às custas da estética e dívidas serão necessárias para bancar os custos dos cartões de crédito, virando um ciclo perigoso. E o que se gasta em tais procedimentos por ano, daria para guardar esse dinheiro e usá-lo quando precisar de alguma emergência que cedo ou mais tarde, tende a acontecer. Não se ganha nada de positivo com isso, além de uma estética provisória.  Quem se aceita de verdade não sente necessidade de tais procedimentos.

* Usar maquiagem pesada: bases de última geração formando máscaras espessas no rosto para parecer anos mais jovens é a moda do momento, além de cílios postiços ou procedimentos perigosos para os cílios ficarem grandes e espessos, dentre tantos outros atributos de disfarce enriquecendo a indústria de cosméticos. Imagine usar base todos os dias e pensando estar removendo tudo antes de dormir...a textura da pele tende a piorar e mais e mais disfarces serão necessários, só pela vergonha de ser o que é... Só o tempo que se gasta em se maquiar e remover a maquiagem toda depois, além dos custos dos cosméticos de qualidade, caríssimos, não valerá o que ganha...No envelhecimento, a maquiagem deve ser apenas leve e prática como um batom clarinho nos lábios, um rímel nos cílios ou um leve traço com lápis  (acima ou abaixo dos olhos) sem acalcar, um corretivo suave, de preferência cremoso e suave onde se deseja algum disfarce e um pó facial ultrafino para complementar. Apenas isso, e que seja mais fácil e o mais prático possível para a remoção completa antes de dormir. Nada de base que mais parece um reboco no rosto e que torna extremamente superficial.

* Usar filtros, editar fotos ou mostrar fotos de anos mais novo(a) e enviar para grupinhos em redes sociais para esconder sua idade. Até mesmo em alguns sites, principalmente de relacionamento para poder impressionar futuros pretendentes. Um erro e tanto, pois com isso está negando a si mesmo(a) e não se valorizando, além de enganar muita gente interessada e ingênua. No final, o castelo de areia se desfaz e acaba se revelando como uma pessoa frívola além de mentirosa...Quem se aceita, jamais edita suas fotos como sendo sua imagem real. Se deseja fazer edições ou usar filtros, que seja por diversão para quem já te conhece e nunca para poder enganar, Isso é totalmente desleal e infantil.

* Fazer unhas de gel ou similar para manter as unhas grandes e duras. Outro procedimento arriscado, mesmo com especialistas que só serão boas para a estética, negligenciando a saúde. No envelhecimento nossas unhas ficam mais frágeis, mas basta deixá-las e mantê-las curtinhas, lixadas, limpas  sem necessidade de retirar as cutículas, outro risco para infecções e doenças. E não vale a pena usar cosméticos para mantê-las fortalecidas pois dificilmente resolve o problema além de desperdiçar tempo. E caso resolva o problema, não é prático ter unhas grandes quando se prepara ou lida com alimentos (por questão de higiene) ou faz alguma atividade em que as unhas podem atrapalhar e causar acidentes. Já para as cutículas, uma opção para ficarem menos visíveis e com bom aspecto é usar cera (de abelha ou de carnaúba) antes de dormir.

* Abandonar atividades prazerosas como artesanato, jardinagem, cursos rápidos, dança para a terceira idade, boas leituras, desenhar, colorir, ouvir música, tocar um instrumento, enfim o que se gosta. Escolha sempre o que lhe agrada mais. Se gosta de cantar, nunca arrisque cantar  sem antes peparar e trabalhar as cordas vocais! Há vários vídeos no you tube ensinando as técnicas básicas. E não tente fazer duas ou mais coisas ao mesmo tempo. Foque numa atividade de cada vez. O lazer é importante em qualquer faixa etária, mas no envelhecimento se torna ainda mais importante.

* Contar histórias vividas para qualquer pessoa ou para um amigo, familiar, companheiro, com frequência ou repetindo-as. Elas até podem ser contadas, mas nunca conte sem que o interlocutor esteja de fato interessado ou com paciência e tempo para escutar. Além disso é bom sempre interagir, perguntando sobre as histórias do outro. Falar demais e sem deixar que o outro fale, se torna desgastante demais acabando por afastar as pessoas queridas.

* Reclamar ou lamentar o tempo todo e exigir atenção. No envelhecimento podemos ter essa tendência, mas é bom se policiar. Uma vez ou outra é até normal, mas se isso se tornar um hábito, você pode afastar pessoas e acabar sozinho(a). O ideal é escrever sobre seus problemas e tentar soluções práticas ou simples adaptações. É um excelente treino mental.

* Usar cremes caros no rosto e corpo ou fazer procedimentos perigosos como peelings químicos e tratamentos a laser para rugas, flacidez, estrias, celulite, gordura localizada,  manchas, olheiras, escurecimento de virilhas, axilas, joelhos e cotovelos. Além de não surtirem o efeito desejado (no caso dos cremes), ainda pode piorar o quadro e até prejudicar órgãos importantes como rins e fígado causando alergias, coceiras, etc (no caso de tratamentos  com profissionais). Sem falar dos custos. No envelhecimento, manchas, escurecimento aqui e ali, celulite, estrias, etc, são bastante comuns e devem ser aceitos naturalmente sem se sentir constrangido(a) ou envergonhado - quem gosta de você realmente, vai te aceitar do jeito que é -  e isso não vai lhe impedir de viver bem ou de ser feliz. Nessa fase, quanto menos cremes e cosméticos usar e nenhum tratamento caro e arriscado fizer, menos transtornos e frustrações terá. O máximo é usar no rosto por exemplo, uma loção básica de limpeza à noite e gel de Aloe Vera pela manhã para hidratar, e no corpo, uma loção hidratante mas sempre de vez em quando e não diariamente. Óculos escuros com filtro solar sob o sol também é necessário usar para não prejudicar a visão.

* Tomar mais de um banho por dia com sabonete perfumado ou com muita espuma e sabonete íntimo e esfregar o corpo todo com bucha. O excesso de banho e ainda com sabonetes perfumados e específicos para certas finalidades servem apenas para alterar o PH da pele removendo o pouco da gordura natural ou bactérias boas que temos no envelhecimento. Esse hábito não passa de problemas psicológicos que deve ser tratado o mais rápido possível para não causar danos  maiores mesmo a longo prazo. O mesmo se dá para lavagem frequente dos cabelos. Basta apenas 1 a 2 vezes por semana. Banho completo, basta apenas 1 vez por semana. Diariamente, apenas onde realmente necessita como partes íntimas, pés e axilas usando pouco sabonete, de preferência neutro e de glicerina. Evite água muito quente ou banho demorado (acima de 5 minutos). Para melhorar o aspecto ressecado dos cabelos, pode utilizar óleo essencial de alecrim ou similar na água do último enxague ou aplicar gel de Aloe Vera. Cuidados simples com produtos simples (por preços justos) no envelhecimento já são mais que suficientes. E contrariando médicos especialistas, tomar sempre banhos mornos ou quase frios, inclusive no inverno, por quem tem grande sensibilidade à temperaturas desse tipo, pode causar problemas psicológicos que serão piores do que um banho quente (não fervendo) mas rápido.

* Usar depilação com cera, lâminas afiadas ou aparelhos que removem pelos pela raiz. No envelhecimento tais procedimentos podem ferir a pele frágil e causar dermatites graves. Prefira depilação com aparelho que apenas aparam os pelos, não se esquecendo de lubrificar as lâminas com óleo mineral após o uso. Não utilize água nas lâminas nem álcool em gel. A depilação a laser ou definitiva, além do alto custo, demanda tempo e pode causar manchas, levando em conta a vaidade da pessoa...

* Fazer frequentemente exames (de sangue, urina, fezes, de imagens, etc). Tais exames não são preventivos de doenças mas de detecção das mesmas que além do estresse em realizá-los e da preocupação dos resultados, a maioria de tais exames, não raro, oferece mais riscos para a própria saúde. Especialistas afirmam e defendem que não, claro, pois quem perderá com isso serão eles. Excesso de radiação ionizante de alguns exames, furos frequentes nas veias para coleta de sangue, uso de fármacos agressivos, preparos estressantes e exigência de acompanhantes, só para citar alguns exemplos de certos exames, já são suficientes para mais prejudicar uma pessoa no envelhecimento do que o contrário. Exames são importantes em pouquíssimas ocasiões mas não devem ser com frequência. Alguns são totalmente substituíveis e outros,  dispensáveis.

* Falar muito sobre doença, assistir a programas, filmes, notícias desagradáveis ou leituras que a própria pessoa não se sente bem. É bom filtrar tudo que assiste, lê e ouve, caso contrário, terá impactos relevantes sobre a saúde cognitiva mesmo a  longo prazo. 

* Usar medicamentos de uso contínuo - inclusive sob prescrição médica - ou com frequência, principalmente o uso frequente - mesmo não sendo contínuos - de antibióticos, analgésicos, antiácidos e anti-inflamatórios. Já a maioria dos remédios, para não dizer todos, de uso contínuo, como por exemplo: para pressão arterial, colesterol, triglicérides, diabetes, incontinência urinária, para acidez do estômago, corticóides, anticoagulantes, etc, assim como ansiolíticos, antidepressivos, ao contrário do que médicos defendem, são extremamente perigosos até para quem é jovem, imagine no envelhecimento! E quando tais fármacos são vários, não raro a pessoa tende a confundir os horários ou a dosagem e a longo prazo além de não surtirem mais o efeito desejado, se tornam muito mais prejudiciais. O melhor a fazer é tentar terapias, psicoterapia em alguns casos ou optar por medicamentos homeopáticos ou mesmo fitoterápicos em dosagens mínimas possíveis, pois estes últimos se tomados também indiscriminadamente se tornam igualmente perigosos.



* Não tomar sol ou tomar em horas erradas, como logo após comer ou quando o sol está forte. Usar filtro solar químico diariamente. O físico é menos prejudicial, mas é necessário tomar sol nas horas certas e nunca com o estômago cheio, sem filtro, pois nossos ossos e nossa mente agradecem. E não é necessário muito tempo sob o sol, bastando uns 10 minutos. E se for diariamente, melhor, porém é raro ter sol em determinados períodos ou dias. 

* Frequentar lugares aglomerados como praias, eventos diversos, festas, excursões, bailes, grupos de dança, clube, etc em que há uma  quantidade significativa de pessoas. Nessa fase o melhor é permanecer em ambientes com menos pessoas possíveis ou no mínimo, com uma certa distância, não havendo necessidade de tais ambientes pois se tornam poluídos demais, com barulhos ou sons muito altos, etc, sem falar que não há possibilidade de se interagir com todos, e ainda se corre o risco de contrair vírus perigosos no ar. Pior ainda se o ambiente tiver ar-condicionado em baixa temperatura (abaixo de 21graus) e com filtro sujo, que geralmente são comuns em tais locais.

* Sair de casa todos os dias para caminhar nas ruas. Quem diz que é saudável sair de casa diariamente para caminhar, ignora os danos da poluição do ar, a não ser que a pessoa tenha sorte em morar num lugar não poluído, ou tiver um parque florestal a um passo da casa, o que é raríssimo! Já basta quando éramos jovens que obrigatoriamente tínhamos que estudar e trabalhar 5 ou 6 dias por semana e se divertir num domingo por exemplo. No envelhecimento, basta até 3 vezes por semana e com cuidado. Se for para caminhar, pode muito bem caminhar em área comum de apartamento ou fazer atividades que substiuem com eficácia uma caminhada diária como uma mini bike por exemplo. 

* Comer em excesso ou fazer várias refeições ao dia. O ideal no envelhecimento é comer o mínimo  possível, principalmente à noite e não muito tarde, ou seja, a partir das 20:30. Esqueça o lanche da manhã, lanche da tarde e lanche da noite. No envelhecimento é raro  termos apetite que tínhamos antes ou o corpo necessitar de várias refeições por dia e muito menos em grande quantidade. Três refeições - de qualidade e sem excesso - por dia já bastam. Já para quem necessita de insulina devido à diabete tipo 1, é importante se alimentar em até 5 vezes ou quando for necessário algumas dietas restritivas por motivo de doença ocasional ou grave, mas estas devem ser fracionadas.

* Comer fora de casa com regularidade ou frequência, pelo simples fato de não querer cozinhar. Tais alimentos geralmente não se sabe como são realmente preparados, quais ingredientes são utilizados, seja onde for e por mais que sejam conhecidos como 'seguros', sempre haverá alguma falha de higiene no preparo ou algum alimento que a pessoa desconheça  que possa causar algum tipo de alergia ou intolerância. E o que é saudável ou isento de risco para alguns, pode ser o oposto para outros. O melhor sempre que possível é preparar os alimentos em casa. E alimentos industrializados que são chamados pejorativamente de 'ultraprocessados' (como se fossem veneno😱) por incrível que pareça podem ser mais saudáveis se ingeridos com equilíbrio e bom senso do que alimentos  naturais preparados fora de casa e sem saber como foram preparados ou quais ingredientes utilizaram no tempero. Lembrando que não é porque são alimentos naturais, são isentos de risco e nem todos os alimentos naturais são considerados saudáveis para todos; e se não tiver nenhum cuidado na escolha e/ou no preparo, se tornam ainda piores. No envelhecimento todo cuidado é pouco quando se trata desses assuntos.

* Querer viver grandes emoções ou aventuras: paixões arrebatadoras, surfar, viajar num cruzeiro, andar de asa delta, frequentar festas, assistir a filmes de terror, de muito drama, violência ou sobrenatural por exemplo, viajar de avião com medo e sem necessidade, querer se aventurar em competições, etc.. No envelhecimento não temos mais condições emocionais como antes para enfrentar tais sensações arrebatadoras. Isso pode afetar a saúde mental e física também, além de causar acidentes mais facilmente.

* Procurar Pronto Atendimento para problemas de saúde corriqueiros, como dores, vertigem,  tontura, enjoo, diarreia, pequenos sangramentos, ferimentos,  pressão baixa ou alta, coceira, tosse, febre, gripe ou resfriado, etc que podem ser resolvidos  em casa com analgésicos, anti-inflamatório de costume (em que já fora prescrito anteriormente), antitérmicos, um chá calmante, etc . Se  porém, tais problemas forem com certa frequência ou não passar com medicamentos ou soluções que tem em casa, o ideal é marcar consulta, mesmo sendo particular. Em último caso, procurar por tais serviços. Procurar por PAs por qualquer motivo, além do estresse da espera prolongada e privações a que se está sujeito,  pode induzir à internações desnecessárias e extremamente prejudiciais principalmente para a saúde cognitiva. Acima de três dias consecutivos de internação - devido à restrições, estresse, exames e medicamentos - já podem ser suficientes para o desenvolvimento ou aceleração de demências em pessoas no envelhecimento. Fique alerta!

* Começar a pagar convênio médico convencional para se ter 'segurança' ou continuar num plano que não oferece agilidade e qualidade nos agendamentos, exames/tratamentos que prefere. No envelhecimento e dependendo da idade, existem carências, regras discordantes e as mensalidades de tais convênios costumam ser altas, sem falar que existem restrições contratuais absurdas para alguns casos específicos que não raro exige ação judicial. O dinheiro que se gasta mensalmente com convênio, dá pra guardar na poupança ou fazer outros investimentos rentáveis. Melhor optar por planos alternativos de saúde se socializando ou se cadastrando em Associações filantrópicas ou Sindicatos onde se paga um valor simbólico mensal e custeia - com descontos significativos - somente o que e quando for usar. Por outro lado, se a pessoa tem como pagar mensalidade alta e contínua de convênio médico, o mais conveniente seria pagar uma consulta e exames particulares quando realmente necessitar. Pagar convênio não é mais um 'porto seguro' como antes, mas sim uma forma de status. Existem  exames de iridologia e biorressonância dentro da terapia holística que podem ver a pessoa como um todo e não em partes. O bom é que esses dois tipos de exames são totalmente indolores e inofensivos sem precisar de preparo, medicamentos, radiação, acompanhante, etc. Daí fica muito mais fácil ver que órgão(s) precisa ser avaliado através de exames médicos para confirmar algum diagnóstico ou o que realmente precisa ser tratado.

* Optar por implantes odontológicos ou próteses fixas tradicionais (ponte) no lugar de próteses removíveis. No envelhecimento a perda de massa óssea é inevitável para a maioria, faça o que a pessoa fizer, mesmo com suplementos ou medicamentos que aliás, podem até prevenir ou remediar, mas em detrimento de causar danos até mesmo irreversíveis para outros órgãos. Tanto implantes quanto próteses fixas tradicionais (estas últimas, fixas sobre dentes desgastados), além dos custos serem altos, com o tempo, podem causar infiltrações gerando inflamações e infecções graves além de sequelas para o resto da vida. Quer alguns exemplos, no caso de implantes? Sinusite crônica, muito comum em quem fez implante na parte superior da boca ou alguma sequela no nervo trigêmeo em implantes na arcada inferior mesmo sendo apenas um dente. Ainda que o profissional seja um  expert  no assunto e tenha ótimas reputações na praça, ele será apenas responsável até por algum tempo após o implante, quando raramente nesse período haverá problemas. Depois disso, ele não será mais responsável pelos danos.

* Fazer com regularidade limpeza nos dentes com dentista. Pode parecer contraditório, mas a raspagem regular nos dentes, muito sugerida por dentistas para remoção de tártaros pode ser ainda mais prejudicial do que se imagina. No envelhecimento, além da perda de massa óssea, os dentes tendem a ficar mais frágeis e com o atrito das curetas ou mesmo do ultrassom, o esmalte dos dentes tendem a sofrer desgaste mais rápido com tais instrumentos, sem falar que a maioria dos dentistas utilizam como complemento, substâncias corrosivas, dentre elas o famoso bicarbonato de sódio ou enxaguatórios bucais que complementam o desgaste precoce. Então, depois de uma semana, todo aquele tártaro, que na verdade são placas formadas por minerais (cálcio, flúor, presentes inclusive nas pastas de dentes, e juntamente com a saliva), tendem a voltar. Tártaros na verdade só comprometem a estética e não o hálito como dizem (o que provoca mau hálito e gengivite é a placa bacteriana, que só é removida completamente através de instrumentos metálicos e não só com escova, pasta e fio dental). Para remoção das placas (crostas duras) chamadas de tártaro, após a escovação normal, basta utilizar uma peça metálica improvisada com ponta roliça (que pode ser aquela usada para desencravar unhas) e que removem também a placa bacteriana (massinhas) com mais facilidade e precisão do que a escova e o fio dental juntos. Usar escova e fio dental é importante, mas sozinhos, não são suficientes para limpeza mais profunda de dentes  que se tornaram permeáveis pelo desgaste do esmalte. Esse tipo de peça, diferente das curetas e ultrassom, não causam danos ao esmalte dos dentes e nem às gengivas. É óbvio que se você falar isso com seu dentista ele irá defender seus conhecimentos com 'unhas e dentes', pois disso depende o sustento e o lucro deles...

* Usar suplementos para a imunidade de maneira contínua. A própolis por exemplo tanto a verde como a tradicional, é muito boa para a imunidade - desde que a pessoa não tenha alergia à substância. Disso não há dúvida. Porém a própolis ou outra substância para a imundade só pode ser utilizada em casos em que exista grande probabilidade da pessoa adquirir em determinado momento ou fase, uma doença que vá comprometer a saúde, mesmo sob cuidados básicos, como no caso de surtos de viroses, alguém da família com problemas respiratórios (virais) ou no tempo de extremo frio ou extremo calor em que seja necessário se prevenir pelo menos num período de tempo, mas não ultrapassando 90 dias de uso. No entanto, muita gente, especialmente as pessoas na faixa etária do envelhecimento, tendem a fazer disso um hábito para a vida toda, achando que estão cuidando melhor da saúde.. Com o tempo tais substâncias por mais eficazes que possam ser, acabam perdendo sua eficácia após determinado tempo, prejudicando ainda mais o organismo.



* Exigir de si uma ótima performance sexual entrando na moda dos hormônios ou de suplementos estimulantes, assim como alimentos ditos afrodisíacos, da técnica lucrativa do pompoarismo (caso das mulheres), do uso de bebidas alcóolicas como estimulantes, brinquedos eróticos, terapias sexuais, etc e procurando relacionamentos para tal finalidade. Além dos custos altos para tais 'tratamentos', ainda expõe o corpo a atos que não são inerentes ao envelhecimento, compromentendo tanto a saúde física quanto a psicológica e a emocional com a dependência de relacionamentos muitas vezes tóxicos ou abusivos. Respeitar o corpo é essencial. Envelhecer não quer dizer abandonar a sexualidade, mas vivê-la de forma natural, simples,  mansa e de acordo com a frequência permitida do próprio corpo. Viver o companheirismo e o carinho com uma pessoa que nos respeita é a forma mais sutil de viver a sexualidade no envelhecimento. Se você viveu a sexualidade na juventude, que fique na memória como boas recordações. Se porém não viveu ou não pode viver por alguma razão, com certeza existiram e existirão outras formas de prazer e emoção a serem memorizadas ou vividas. Sexo não é a única forma de viver o prazer a dois como a sociedade enxerga. E também não é algo maléfico como algumas religiões impõem; apenas deve ser com equilíbrio e bom senso, o que pelo menos 90% das pessoas  no mundo, infelizmente não têm...

* Exigir de si, o mesmo desempenho no trabalho ou nos estudos que tinha antes. Nunca será assim, exceto quando se força a natureza com certos medicamentos, estimulantes ou hormônios, o que como já foi dito várias vezes,  tornará prejudicial. Fazer o que der para fazer e o melhor que puder é a frase a ser seguida na prática. Por isso que muitas pessoas caem na ansiedade e depressão. Daí vão se tratar com ansiolíticos, antidepressivos ou demais fármacos que serão ainda mais prejudiciais, tornando um ciclo vicioso...Cobrar-se demais e constantemente para dar conta da casa, de filhos, de netos, bisnetos, parentes, amigos, etc é insano. Delegar responsabilidades é fundamental em qualquer situação. Por mais que ame seus netos por exemplo, obrigação de cuidar não é sua. Tomar conta do gato da sua vizinha por exemplo, não é obrigação sua se você não curte gatos. Pegar problemas que não são seus para resolvê-los é se atirar num precipício. O que você pode fazer é dar apoio e algumas dicas se a pessoa ainda permitir. Ajudar não é fazer tudo pelo outro, é apenas mostrar caminhos ou forçar o outro a se ajudar. Se a pessoa se recusa, deixe que siga o que lhe convém. 



Para reflitir:

No envelhecimento temos o dever de manter nossa dignidade, desenvolver a simplicidade, a praticidade, a paciência, o controle sobre o que não pode ser mudado, a serenidade, a autoconfiança, o respeito por si e pelos outros, a resiliência e não ter vergonha de ser limitado. Vergonha é faltar com o respeito e prejudicar os outros. Negar o envelhecimento a qualquer custo, querendo parecer ou voltar a ser  jovem é ser imaturo e irresponsável consigo mesmo(a). Envelhecer é estar preparado(a) para o que der e vier com dignidade e principalmente para a finalização e renascimento que todos nós, sem exceção, iremos ter que enfrentar sem que possamos evitar. Querer ir de encontro à natureza do tempo é no mínimo não ter discernimento. Já tivemos a oportunidade de sermos jovens. Agora, temos a oportunidade de vivermos plenamente o envelhecimento. Não sejamos retrógrados, sejamos progressistas. Se alguém teima a  todo custo  evitar o envelhecimento naturalmente, provavelmente passará por problemas psicológicos, espirituais e emocionais ainda mais graves do que se aceitasse o envelhecimento com naturalidade... A alma não tem idade nem faixa etária, ou seja, não existe essa de alma jovem ou velha, isso é juízo de valor que o homem cria por simples medo da realidade. Em suma:

Não insista em querer reviver uma fase que não te pertence mais. É como estar no presente vivendo no passado ou caminhar numa subida olhando para trás. Antes cair no ridículo - como muita gente enxerga o envelhecimento - do que na insanidade mental... o primeiro pelo menos nos faz rir, o segundo nos faz perder a identidade e cair num precipício sem volta.