Todo mundo já invejou a beleza, assim como a profissão, o trabalho, o salário, a vida aparentemente boa, a saúde, o relacionamento, as roupas, os bens ou demais pertences de alguém.
Há três tipos de inveja: A primeira e mais comum, nada mais é que desejar ardentemente o que o outro tem e que se acredita que nunca ou dificilmente irá conseguir, causando certa tristeza ou frustração. A segunda é aquela que até se pode conquistar o que o outro tem e por isso mesmo vira um incentivo para a pessoa batalhar para conseguir, senão o mesmo, algo parecido que o outro. Essa é uma inveja até saudável. Mas infelizmente, a terceira é aquela que além de querer o que o outro tem, ainda deseja destruir a pessoa ou que sejam destruídas as conquistas dela, pois não acha que a pessoa seja digna de suas posses. E neste caso, já se constitui uma doença psíquica e espiritual grave, que deve - ou deveria - ser tratada o mais rápido possível.
Então, o que fazer quando se tem esses dois tipos de inveja - a que causa tristeza e até frustração por não se achar capaz de realizar o que o outro tem e a inveja maldosa em que se deseja que o outro perca tudo e sofra?
Atitudes para a inveja sofrível, em que o autor deseja, mas acha que para ele é impossível (que também, em certos casos, serve para a inveja maldosa):
* A primeira atitude é assumir o sentimento de inveja sem ter vergonha de admitir, principalmente para si mesmo(a) e não negar quando questionado(a).
* A segunda atitude é não ficar ou continuar contemplando o que a pessoa é e/ou possui, ou seja, não prestar tanta ou nenhuma atenção pelo que o outro é ou possui. O pensamento e a imaginação são os piores inimigos nessas horas. Portanto, foque mais em você e deixe as conquistas do outro, de lado.
* A terceira atitude é entender que a outra pessoa é diferente. Ela nasceu em família e/ou em época diferente da sua; ou teve uma criação/educação diferente; as oportunidades foram diferentes; os desejos ou metas diferentes, contatos diferentes; química ou natureza diferente da sua, estilo de vida diferente....enfim, situações diferentes e até truques ou estratégias que outra pessoa teve que não é possível fazer nenhuma comparação justa. E saiba que se você tem ou teve limitações para alcançar certos objetivos que a pessoa em questão não têm ou teve, você não deixa de ser especial já que além de aceitá-las, tem forças de lutar contra elas. E que se não fosse por isso, você iria com certeza conseguir o mesmo ou talvez ainda mais que o outro.
* A quarta atitude é lembrar-se do que já conquistou, das lutas que venceu (que por sinal, todo mundo teve), valorizando aquilo que se é ou se tem e usufrui. Valorizar uma conquista é usufrui-la com satisfação. Lembre-se que aceitar-se e aceitar o que se tem, é uma das atitudes mais nobres que uma pessoa pode ter que supera em muito todas as conquistas ou privilégios que muitas pessoas aparentam ter.
NOTA IMPORTANTE: É bom ressaltar que as pessoas lutam e se empenham tanto para realizar algo e se esquecem completamente do que já realizaram. Tentar sempre conquistar algo pode ser um sintoma clássico de baixa autoestima, problemas emocionais/psicológicos ou vazio na própria alma. Fique alerta! Muitas pessoas fazem tantos cursos, compras, amizades, querem ter vários bens, relacionamentos ou tentam vários negócios por exemplo, só para tentarem preencher um vazio no seu interior que nunca conseguirão preencher. E caso não dê certo ou do jeito que a pessoa imaginou, acabam caindo em depressão. Nesses casos é necessário procurar ajuda com tratamentos holísticos e/ou espirituais sem ser por crenças impostas, ditas infalíveis ou limitantes. Cuidado com gurus principalmente em redes sociais que prometem curas definitivas tanto na área holística quanto na área espiritual. Bons terapeutas e espiritualistas ou religiosos não fazem nenhum tipo de pressão, não exigem, não cobram muito caro (caso de terapeutas), não cobram (caso de certos espiritualistas), não julgam, não manipulam e não mostram poderes infalíveis.
* A quinta atitude é fazer uma lista de suas qualidades e defeitos. Se forem mais defeitos que qualidades do seu próprio ponto de vista, ver o que pode fazer para corrigi-los. Isso também é nobre. Anotar por escrito o que se faz de bom também é uma boa tática. Se algo de ruim aconteceu ou cometeu, procure analisar para não repeti-los e corrija-os a tempo. Se não for possível, que sirva de experiência. Também é útil perguntar para uma pessoa íntima ou da família (e que seja sincera) quais são suas qualidades e defeitos na visão dela em relação a você.
* A sexta atitude é saber o que se deseja realmente, focar e tentar realizar sem se sentir pressionado(a) por si mesmo e pelos demais. Às vezes um desejo pode ser apenas um capricho, o desejo pela conquista em si e querer mostrar para a pessoa invejada ou para quem quer que seja, que também pode conseguir sem ser realmente um desejo da alma (aquela que independe totalmente de plateia ou glória alheia e que preenche a alma de quem conquista). Quem precisa mostrar para terceiros do que é capaz, é provável que a autoestima da pessoa não anda nada bem. Então, reveja bem seus objetivos. Realizações que só servem para "provar" a alguém que pode conquistar, são vazias, frívolas e não têm satisfação prolongada.
* Pensar que na vida tudo passa e que na verdade nada temos, só usufruímos por tempo determinado, ajuda bastante também. E para quem acredita na reencarnação, deve saber bem os motivos de se ter o que tem e ser o que é, nesta vida. E que você antes de reencarnar, já escolhera as limitações para dessa maneira poder evoluir como espírito.
* Terapias com florais podem ser utilizados para essa finalidade. Veja mais no link abaixo:
* A terapia com cristais, radiônica, Reiki dentre várias outras terapias holísticas também podem ser realizadas neste sentido.
* A psicoterapia também pode ser necessária em casos mais difíceis. Veja na sua região se há alguma universidade, sindicato, comunidade ou associação filantrópica em que ofereçam serviços de psicoterapia para fazer sessões gratuitas ou de custo que caiba no seu orçamento. Procurar o CVV (Centro de Valorização da vida) também pode ser interessante, já que é totalmente gratuito.
Sobre a inveja perigosa e quem é alvo dela:
Já a inveja maldosa, é necessário que se autoavalie sua conduta e perceba que esse tipo de sentimento pode ser tanto destrutivo para alguém quanto autodestrutivo, com consequências posteriores. É necessário que se tenha consciência disso e queira de fato se tratar. Sem admitir esse sentimento é praticamente impossível qualquer forma de tratamento. As pessoas da família ou mesmo amigos, devem estar mais atentos a esse tipo de atitude e procurar ter uma conversa mais franca e aberta com tal pessoa mas sem prejulgamentos que mais atrapalham que ajudam. Compreender que a pessoa no fundo sofre com tal sentimento, é sempre válido. Se não conseguir conversar ou convencer dos males que isso acarreta, peça ajuda espiritual para tal pessoa ou para que não seja atingido(a) por tais energias e até de suas atitudes negativas. É importante ressaltar que uma pessoa vítima de inveja, dependendo de suas crenças e grau de sensibilidade espiritual em determinada época da vida, pode sim ser atingida. Ninguém está 100% imune a tais reações. Acreditar que nada lhe pode atingir em todo o tempo, além de falso, é prepotência e arrogância. A pessoa tem que ter bom senso em não se expor demais em quaisquer circunstâncias para não causar motivos. Exemplos é fazer questão de ostentar o que se possui ou até mesmo de comentar sem necessidade das suas supostas conquistas, qualidades, características e fazer menção de parecer melhor que qualquer outra pessoa. Há pessoas que adoram ser alvo de inveja e ignoram completamente suas consequências a longo prazo. Portanto, tenha cuidado com tais desafios. Caso você pense que é pura bobagem, então esteja bem preparado(a) para consequências posteriores ou o arrependimento virá. Seu otimismo ou crença não é infalível nem ilimitado, e muito menos, o tempo todo. Uma hora sempre a corda arrebenta.
Lembrando sempre que a vida é como uma roda gigante. Um dia estamos no apogeu, no outro, estaremos na decadência, existindo também os meios-termos. E mesmo que tentemos negar essa realidade, todos nós inevitavelmente passamos por isso. Aparência não é sinônimo de essência ou fato. E a maioria das pessoas vive ou sobrevive de aparências...